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Editorial
Pedro Queiroz | Diretor-geral
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No seu mais recente relatório relativo a Portugal, a Comissão Europeia analisa a economia portuguesa à luz da Análise Anual do Crescimento e aprofunda a prevenção e a correção de desequilíbrios macroeconómicos. Vem confirmar que a economia nacional manteve uma trajetória de recuperação moderada desde o início do segundo semestre de 2013, ritmo que deverá manter-se, embora enfrentando riscos resultantes de desequilíbrios orçamentais e da volatilidade do mercado financeiro. Embora Portugal tenha conseguido uma melhoria da balança corrente e da competitividade externa, a elevada dívida externa líquida ainda constitui um fator de vulnerabilidade, bem como o elevado endividamento do setor privado e uma dívida pública que continua muito elevada, fruto dos défices orçamentais e da assunção dos passivos das empresas públicas. Deste relatório é ainda possível extrair outras questões económicas fundamentais que colocam desafios específicos à economia portuguesa, nomeadamente o facto de os indicadores de pobreza e exclusão social se terem deteriorado desde o início da crise e o baixo nível médio de qualificações da mão-de-obra continuar a inibir a produtividade e a competitividade.
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