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Editorial
Pedro Queiroz | Diretor-geral
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Por norma um aniversário justifica mensagens de parabéns e é argumento para uma festa entre familiares e amigos. Faz hoje 5 anos que Portugal pediu a intervenção das instituições europeias e internacionais e ficou amarrado a um programa de resgate que ainda hoje tem impacto na vida das pessoas e das empresas. É verdade que a nossa economia tem dado alguns sinais de recuperação dos níveis em que caiu, mas são ainda muito frágeis! No final de 2015 o PIB pouco avançou (1,6%). Este crescimento ter-se-á devido essencialmente a uma evolução robusta das exportações (5,3%), bastante acima do crescimento da procura interna. A verdade é que o país continua com uma dívida pública muito elevada, um sistema financeiro fragilizado, o desemprego a subir (12,3%) e o único rating de investimento em risco. A tão apregoada reforma do Estado não saiu do discurso e os seus gastos continuam elevados. Mesmo as exportações que tão boa ajuda deram começaram já a ressentir-se, em parte devido ao impacto que a queda dos preços do petróleo teve na economia angolana. Posto isto, Portugal ainda não pode festejar e os parabéns ficarão, esperamos, para mais tarde!
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