|
Editorial
Pedro Queiroz | Diretor-Geral
|
A história industrial mostra que a progressão da estrutura produtiva tem sido feita de forma alternada, entre momentos de revolução e períodos estacionários. A atual e acelerada evolução tecnológica, marcadamente assente no digital, iniciou já um novo período de transformação, o qual, para uma economia como a nacional, é uma janela de oportunidades, assentes na fusão de métodos de produção com os mais recentes desenvolvimentos na tecnologia de informação e comunicação, que conduzirão a mudanças disruptivas nos modelos de produção e negócio. A estratégia Indústria 4.0, esta semana apresentada pelo Governo, foi sujeita a ampla consulta e contou com a inevitável participação da FIPA e de várias empresas do setor, com resultados muito concretos ao nível do destaque dado ao agroalimentar. Um estudo da UBS coloca Portugal como a 23ª economia mais preparada para adotar a Indústria 4.0, de um conjunto de 45 países analisados, sendo de destacar as suas infraestruturas, competências gerais e capacidade de inovação. As primeiras empresas do agroalimentar já estão a olhar para o futuro e acreditamos que - com o entusiamo dos seus profissionais, o envolvimento dos empresários e a pro atividade dos governos – é possível criar valor e construir o futuro. Este será também o mote para o 6º Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar, que espera por si no próximo dia 4 de abril.
|