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Editorial
Pedro Queiroz | Diretor-geral
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O “Brexit” é já indissociável da história do século XXI e, por agora, com consequências imprevisíveis. No ano da celebração dos 43 anos de relação com as instituições europeias os eleitores do Reino Unido pediram o divórcio e abriram a “caixa de pandora”, temendo-se agora um efeito dominó e um iceberg de consequências políticas, económicas e sociais! No caso particular da indústria alimentar e das bebidas, de acordo com um inquérito da nossa congénere no Reino Unido, 70% dos empresários assumiu-se a favor da permanência e teme agora os impactos ao nível do comércio, acesso aos mercados e enquadramento legal. Num estudo do Global Counsel, prévio ao referendo, Portugal foi considerado o quarto país mais exposto às consequências do “leave”, em particular pelo seu PIB depender cerca de 2,6% das exportações para este destino, pelo número de portugueses residentes e pelas ligações à banca. Na situação específica da nossa fileira agroalimentar, o Reino Unido gerou em 2015, segundo dados da AICEP, receitas de 309 milhões de euros (88 milhões de euros de produtos agrícolas e 221 milhões de euros de produtos alimentares) o que representa 5,4% do total das exportações da fileira e 9,2% do total das exportações nacionais para este mercado. Veremos!
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