O ano 2020 deu-nos uma grande lição: a incerteza é a nossa única certeza. Começámos com ótimas perspetivas a nível económico e social. Embora com um Orçamento do Estado tardio, o cenário nacional era, na sua generalidade, favorável tanto para empresas como para as famílias. Assistíamos - primeiro com curiosidade e, pouco tempo depois, já com apreensão – ao rasto deixado pelo “novo” coronavírus em terras chinesas, sem sabermos que tão rapidamente chegaria à Europa com a força de um “tsunami” (como tantas vezes já foi chamada a COVID-19). Portugal não foi exceção.
Veio o tsunami e veio a incerteza. Para ficar.
Em forma de balanço, não nos compete fazer qualquer análise da atuação das autoridades de saúde, não queremos mais um levantamento dos prós e contras das medidas económico-financeiras apresentadas pelo Governo, nem escrutinar o posicionamento das forças políticas ao longo destes meses.
Queremos, sim, muito rapidamente, sublinhar o trabalho desenvolvido pela indústria agroalimentar, com toda a fileira, para continuar a dar aos portugueses um pouco daquilo que sempre fez parte da sua normalidade e conforto.
Por isso, a encerrar 2020, fica um aplauso:
- Às organizações da fileira (desde produção, indústria, distribuição, à logística e transportes) que demonstram uma enorme capacidade de colaboração.
- Um aplauso às entidades oficiais que estiveram sempre disponíveis para nos ouvir, desde o Governo e Parlamento ao Presidente da República.
- À capacidade conjunta de ultrapassar dificuldades tão distintas como as sentidas ao nível da transação internacional de matérias-primas, da logística e transportes ou ao nível da segurança dos alimentos e respetivas dúvidas quanto à transmissão do vírus.
E um forte aplauso:
- Às empresas que tiveram enorme força e capacidade de reorientar o seu negócio, tendo as exportações como alavanca. E àquelas que continuam, resilientes, a apostar no mercado nacional.
- Aos milhares de profissionais anónimos da cadeia de abastecimento alimentar que deram o melhor de si todos os dias.
Enfrentaremos agora 2021, ainda com incertezas, mas com provas dadas de que a fileira agroalimentar é, e sempre será, essencial.
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