Competitividade

FIPA debate os desafios da indústria alimentar e das bebidas

27.05.2025 |

“Alimentar a Economia” foi o mote para a 7.ª Conferência para a Competitividade organizada pela FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, no dia 22 de maio.

O encontro, que decorreu no Centro Cultural de Belém, contou com a presença do Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, e diversas individualidades do setor agroalimentar, numa reflexão sobre temas como a soberania alimentar na Europa e os desafios da cadeia de valor agroalimentar.

Jorge Henriques, Presidente da FIPA, destacou no seu discurso o compromisso do setor em produzir mais e melhor a partir dos recursos disponíveis no território. Um posicionamento acompanhado de “inovação constante, que tem permitido melhorar a eficiência produtiva, a qualidade dos produtos e a sustentabilidade das operações”.

Com o país prestes a entrar num novo ciclo político, o presidente da FIPA sublinhou ser essencial que o novo Governo reconheça a importância estratégica da indústria agroalimentar e implemente políticas que incentivem a inovação, a exportação e a segurança alimentar. Defendeu ainda um Ministério da Agricultura e da Alimentação e uma Secretaria de Estado da Alimentação. Apelou no sentido de o novo Governo definir, com a ajuda da fileira, um plano nacional de segurança alimentar; programas de incentivo e apoio à inovação; um programa de apoio à exportação e à internacionalização. Ao nível fiscal voltou a reforçar a necessária harmonização do IVA dos produtos alimentares na taxa reduzida e a eliminação dos impostos sobre as bebidas açucaradas.

Com os desafios a acontecerem à escala global, o Ministro destacou na sua intervenção temas como “segurança energética e natalidade”, e sublinhou que a “agricultura e agroindústria são estratégicas, que a digitalização é essencial tal como a investigação”.

Na mesa-redonda que contou com a presença de Arlindo Cunha, Professor da Universidade Católica Portuguesa, Eduardo Diniz, Diretor-Geral do GPP, José Romão Braz, Presidente da IACA, e Patricia Fonseca, Consultora da Presidência da República, debateu-se segurança alimentar, reservas estratégicas e o quanto são importantes para a soberania nacional. Defendeu-se mesmo a necessidade de definir stocks estratégicos de cereais, que não temos em quantidade suficiente.

A anteceder este painel, Raquel Vaz Pinto, Professora da Nova FCSH, fez um retrato da geopolítica atual e abordou os desafios dos países europeus. Entre esses desafios conta-se o “desacelerar a hiper-regulação e fasear os objetivos da economia verde e da economia digital de forma mais exequível”, e a necessária articulação dos interesses dos grandes Estados-membros face ao desafio do coletivo.

Na segunda parte da conferência, António Serrano, CEO da Jerónimo Martins Agroalimentar, foi o orador convidado e efetuou reflexão sobre os desafios da cadeia de valor agroalimentar. No final, desafiou as empresas, nomeadamente as do setor agrícola, a integrar na sua cultura o saber das universidades.

“Os desafios da cadeia de valor agroalimentar” foi também o tema do debate que se seguiu entre Adolfo Mesquita Nunes, Sócio da Pérez-Llorca, António Casanova, CEO da Unilever FIMA, Catarina Pinto Correia, Sócia da VdA, e José Pedro Salema, Presidente do Conselho de Administração da EDIA. Esta conversa deixou pistas para o futuro, numa altura em que temas como a inteligência artificial, para otimizar processos e melhorar a eficiência das cadeias de abastecimento, dá passos firmes em direção a um futuro mais ágil e mais inteligente.

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Exportações Indústria Alimentar (milhões de euros)

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Exportações 2024 - 2025

  • 698
  • 607

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