Inovação

Teor de sal e açúcar baixa nos alimentos em 5 anos

08.07.2025 |

O compromisso voluntário da indústria alimentar assinalou hoje um marco importante na promoção de uma alimentação mais saudável. O “Relatório da Reformulação dos Alimentos em Portugal – 2018-2023” agora divulgado demonstra que neste período se verificou uma redução global de 14,8% no teor médio de sal, e de 20,8% no teor médio de açúcar.

O documento reflete ainda o espírito de colaboração entre o setor público e o setor privado para a concretização de um sistema alimentar mais saudável e sustentável.

Os resultados publicados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) no relatório, em conjunto com os parceiros desta medida – Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA) e NielsenIQ –, contemplam análise, no caso do sal, as categorias ‘batatas fritas e outros snacks salgados’, ‘pizzas’ e ‘cereais de pequeno-almoço’, sendo que a redução progressiva de açúcar foi, também, analisada nesta última, assim como nos ‘refrigerantes’, ‘néctares’, ‘iogurtes’, ‘leite fermentado’ e ‘leite aromatizado’.

Ainda de acordo com o mesmo relatório 8 das 11 categorias de produtos alimentares analisadas ultrapassaram as metas definidas nos protocolos de reformulação nutricional. Relativamente ao teor de açúcar, as categorias que ultrapassaram a meta de redução definida no acordo para 2022 foram: “refrigerantes”, “leite achocolatado”, “iogurtes”, “leites fermentados” e “cereais de pequeno-almoço”. No que respeita ao teor de sal, as categorias foram: “cereais de pequeno-almoço”, “pizzas” e “batatas fritas e outros snacks salgados”.

Além disso, através de um acordo específico com o retalho alimentar, foi também possível reduzir o teor de sal no pão, nas sopas e refeições pré-embaladas prontas a consumir. A quase totalidade dos pães e refeições pré-embaladas prontas a consumir atingiram a meta definida, ficando abaixo de 1 g de sal por 100 g para o caso do pão, e de 0,9 g de sal por 100 g para as refeições.

Durante a apresentação, que decorreu no Centro Cultural de Belém, o presidente da FIPA, Jorge Henriques, salientou o exemplo de cooperação entre os diferentes agentes – públicos e privados – e o impacto real que esta transformação tem na saúde dos consumidores e na construção de um futuro alimentar mais sustentável e equilibrado.

Mas, porque os processos de reformulação envolvem uma série de desafios técnicos, sensoriais e regulamentares que tornam o processo bastante complexo – um desses desafios é o equilíbrio entre saúde e aceitação sensorial –, o líder da FIPA defendeu a realização de estratégias de comunicação transparentes e campanhas educativas para promover a aceitação de produtos reformulados.

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